

O “Pinheiro” representa hoje o mais participado número nicolino, sendo igualmente o mais difundido por todo o país.As raízes deste cortejo, remontam aos inícios do século XIX e o seu modelo mantém-se na essência, inalterado: o “Pinheiro” segue enfeitado com lanternas e um festão com as cores escolásticas (verde e branco), pousado em carros puxados por juntas de bois. O cortejo é liderado pela figura máxima deste dia, um membro da Comissão de Festas, o Chefe de Bombos. É ele quem conduz e lidera todo o cortejo do “Pinheiro”, e atrás de si e da sua “boneca” – que usa para marcar o ritmo dos bombos – seguem os estudantes, novos e velhos, rufando nas caixas o toque do Pinheiro e batendo forte nos bombos ao ritmo marcado pelo Chefe de Bombos. O “Pinheiro” encerra igualmente uma simbologia que se prende com o facto de ser tradicionalmente conduzido apenas pelos homens da cidade. O “Pinheiro” é, neste sentido, a representação simbólica e figurativa do órgão sexual masculino (daí o facto de se escolher, por tradição, “o mais alto pinheiro da região”), que é ostentado orgulhosamente pelos homens da cidade, numa manifestação de masculinidade durante o cortejo que se mantém inalterada nos comportamentos dos participantes até aos nossos dias. E esta ostentação masculina é desempenhada perante as meninas da cidade que, tradicionalmente, assistem ao desfile sem poder participar. No dia do “Pinheiro”, o cortejo é antecipado pelas tradicionais “Ceias Nicolinas”. A “Ceia Nicolina” é tradicionalmente composta por caldo verde com tora, papas de sarrabulho, rojões de porco com batatas, tripas com grelos e castanhas assadas, sempre bem regadas com (muito) vinho verde da região (branco ou tinto).Este é um dia muito especial, em que regressam à terra os vimaranenses de todo o Mundo.O cortejo arranca sempre à meia-noite (0.00h), num desfile de milhares de pessoas, saindo como antigamente do Terreiro do Cano ao lado do Campo de S.Mamede (parte alta da cidade), passando depois pelo Castelo de Guimarães, Palheiros, Rua de Santo António, Toural, Alameda S.Dâmaso e Campo da Feira, vindo depois a terminar no Largo de S.Gualter, ao lado da Igreja de Santos Passos, num local agora definitivo, onde tem uma placa evocativa.
2 comentários:
Este sábado (29 NOVEMBRO) devo lá ir, convido desde já o pessoal todo a lá ir. Ainda não sei se é para jantar por lá ou para jantar em Valongo depois do hóquei. Uma coisa é certa: EU VOU!!!! Estou aberto a opiniões, questões, sugestões e críticas. É só colocar aqui no blog ou para o telemóvel.
Abraços
Kikas
"O “Pinheiro” é, neste sentido, a representação simbólica e figurativa do órgão sexual masculino" ---- REALLY?? ahahahhahaha uma pessoa ta sempre a aprender
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